Na boca do caixa

Extrato diário da vida de um bancário, direto da Faixa de Gaza.

12.9.06

Pegando no tranco pela manhã

Um caixa não pode trabalhar com sono, é o caminho certo para encher a cabeça de burrice e fazer bobagem. Para despistar o seu Morfeu vale tudo: cafezinho, guaraná cerebral, enfim, qualquer coisa para ativar os neurônios.
Pois hoje, depois de uma noite precariamente dormida, eu vacilei e não recorri à cafeína matinal antes do batente. Seria a desgraça certa se não fosse uma senhora me salvar. Estava atendendo o povo entre um bocejo e outro quando chegou aquela idosa franzina no meu caixa para fazer um depósito. Peguei o dinheiro e o formulário no balcão e fiz o mesmo procedimento de trocentas vezes ao dia. Bocejei e entreguei o comprovante a ela quando levei um susto que quase me derrubou da cadeira: a dita senhora tinha o braço mais cabeludo que eu já vi na minha vida. Cruzes! Nenhuma área capilar do meu corpo é páreo para aquele braço bizarro. Com fios entre 2 e 3 centímetros, dava para fazer trancinhas...
Recomposto, comecei a conjecturar se era o efeito da lua cheia ou ainda como deveriam ser providas, capilarmente falando, outras áreas da distinta senhora.

1 Comments:

  • At 9:56 PM, Anonymous Anônimo said…

    Hahahaha

    Pensei que ela iria te oferecer um copo de café (mas pelo menos o efeito foi igual).

    Abraços,

     

Postar um comentário

<< Home