Na boca do caixa

Extrato diário da vida de um bancário, direto da Faixa de Gaza.

7.8.06

Cozinhando na potência máxima

Existe um boato que circula na internet de que nos EUA uma velhinha teria dado um banho no seu gato e, com medo que ele se resfriasse, teria colocado o bichano no microondas para secar... Não sei se a história é verdadeira, mas me solidarizo com o pobre gatinho.
Hoje, segunda-feira, quinto dia útil, último dia para pagamento de aposentadorias, último dia para pagamento de salários na iniciativa privada... foi terrível. Cara, o brabo nem é trabalhar como um doido durante todo o horário de funcionamento do banco, o brabo é que as pessoas da fila, quando estão aguardando há mais de 30 minutos, ficam te olhando com ódio. A sensação para quem está lá na frente, vendo dezenas de pessoas olhando iradas para o caixa, é horrível. Parece que você está sendo cozinhado com o olhar: dezenas de pares de microondas na potência máxima bem ali na sua frente.
A única tática para driblar o constrangimento é a de atender cada pessoa como se ela fosse a única ali na sua frente, afinal, não é nossa culpa que existem dias em que a maioria das pessoas preferem ir ao banco, muito menos o fato de haverem guichês vazios ao nosso lado.

1 Comments:

  • At 10:18 PM, Anonymous Anônimo said…

    cara, isso é verdade. nao trabalho no caixa, mas com atendimento a fgts/pis na caixa economica federal, e o fluxo de pessoas tambem é bem intenso. qdo saio do meu guiche para pegar os papeis na impressora, sinto uma sensacao mto ruim, o pessoal na espera te olhando, eh bem foda.
    o pior eh qdo vem aqueles q "fazem soh uma perguntinha" e ficam te alugando, e aquele caos a sua volta, o telefone tocando ao mesmo tempo, e ter q resolver pendencias tambem, senao estoura bomba pra vc...
    mas sempre procuro dar um bom atendimento, sou atencioso, verifico tudo, e tento fazer tudo bem direitinho, sempre de forma gentil...
    acho melhor demorar mais um pouco e dar a atençao devida do q passar o atendimento rapido e nao resolver devidamente o caso do cliente...
    jah fui criticado por colegas qdo me demoro mto, mas sou elogiado por clientes qdo corro atras dos pepinos e tomo o problema do cliente como meu problema e me empenho em resolve-lo

     

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