Vivendo na Faixa de Gaza

Exatos sete dias após a ocorrência, eu aprendendo o novo ofício, eis que no fim do expediente bancário surgem aqueles clientes que gostam de sacar tudo sem cartão. Estava eu fazendo algo numa sala fechada quando ouço correrias, choros de mulher e aquela agradável intimação: é um assalto! Ligeira contração do esfíncter, pensei cá com meus botões: melhor deitar no chão antes que dê merda. Passados alguns minutos os elementos foram embora sem nem perceber que havia alguém necessitando trocar as fraldas naquela sala...
Nas semanas seguintes várias agências de outros bancos foram assaltadas nos bairros vizinhos. Numa assembléia do Sindicato que participei uns dias depois, fui inquirido em qual agência estava lotado e o Diretor do Sindicato não perdoou: ih, esse aí trabalha na Faixa de Gaza!
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