Na boca do caixa

Extrato diário da vida de um bancário, direto da Faixa de Gaza.

15.7.06

Quando o saco explode

Eu me considero um cara que tem um pavio de 3 kilômetros, mais ou menos, mas existem pessoas que diminuem bastante esta medida. Eu sei que trabalhar com público exige uma dose cavalar de paciência, mas ontem uma senhora chegou bem perto de estourar o meu saco. Sabe o que é somar 3 vezes uns 40 documentos, o valor dar igual nas 3 vezes e a tia contestar? O pior é autenticar todos estes 40 documenos e no final ouvir uma insinuação do tipo: ah, se der diferença no teu caixa eu saberei hoje ainda, não?
Em outras palavras, se tu me sacaneou nesta tua soma hoje ainda vai sobrar dinheiro no teu caixa, né?
Contei até 10, 20, respirei fundo e desejei bom fim de semana para ela sumir da minha frente, já que era a última da fila.
Lembrei-me desta história contada por outro colega, digamos, um tanto impaciente. Uma senhora não conseguia repetir duas vezes sua senha sem errar numa determinada operação que exigia esta repetição. Depois várias tentativas infrutíferas, a fila espichando, o caixa se irritou com ela e detonou o rock´n roll: A senhora sabe porque uma cachorrinha foi o primeiro animal enviado ao espaço? Não, porque? Porque ela era capaz de apertar uma seqüência de 4 botões sem errar, coisa que a senhora não consegue!
Imagine o rolo...