Na boca do caixa

Extrato diário da vida de um bancário, direto da Faixa de Gaza.

11.7.06

O guia genial dos bancos

Você já entrou numa agência bancária e se perguntou porque existem vários guichês desocupados enquanto a fila é quilométrica? Ficou sem entender porque certos bancos simplesmente se negam a receber contas de água, luz e telefone? Por quê é tão difícil falar com alguém nos serviços de atendimento bancário por telefone? Simples. A palavra lucro responde a estas e outras questões. Os bancos cada vez empregam menos pessoal e querem cada vez mais que os clientes (os não VIP´s) prescindam do atendimento de funcionários para reduzir custos e maximizar lucros. As filas quilométricas são propositais, a fim de inibir o cliente de utilizar este serviço e forçá-lo a alternativas que sejam menos onerosas aos bancos. As operações pela internet, por exemplo, jogaram os custos dos bancos lá no chão (Folha de São Paulo - 05/06/2006)
O engraçado é que muitos bancos cobrem total ou quase totalmente seus custos com pessoal apenas com as tarifas bancárias. Sabe aquele extratinho que é debitado? Aquela tarifinha para utilizar um serviço qualquer? Elas cobrem a folha de pagamento de grandes bancos privados (Dieese - pág. 5) e, em alguns casos, ultrapassam e muito a despesa com pessoal.
Pelo visto não é à toa que lucro e logro têm uma mesma raiz etimológica no latim lucrum.