Na boca do caixa

Extrato diário da vida de um bancário, direto da Faixa de Gaza.

13.6.06

O pequeno Osama

Quando você pensa numa criança, o que lhe vem à mente? Candura, risadas, brincadeiras, inocência... Ledo engano, meus amigos. No verão passado, uma senhora aproveitava a agência vazia para enumerar para nós as qualidades do seu netinho, pirralho este que não parava quieto um só minuto. Conversa vai, conversa vem, eis que o menino põe sua diabólica cachola para funcionar: aproveitando um descuido da platéia, ele pega uma bombinha do bolso e BUM! Estoura-a no meio da agência! Você pode imaginar isto? Eu felizmente estava numa outra sala e escapei dos estilhaços mas, meus colegas, coitados, tiveram uma violenta reação intestinal.
Seria apenas falta de bom senso? Não, acho que não. Esse guri, sabendo que estava na Faixa de Gaza, ficou com grande inspiração para cometer o atentado e não se conteve. Guantânamo nele!