Na boca do caixa

Extrato diário da vida de um bancário, direto da Faixa de Gaza.

3.11.06

Para fechar a semana com chave de ouro

Pessoas, eu achei que havia visto de tudo.
Estava enganado até hoje pela manhã, quando pelas 11 horas, agência cheia, velhinhos recebendo, ecoa pela agência um poderoso BAM!
Uma batida violenta no vidro que separa a sala de auto-atendimento dos caixas acordou o povo. Assalto? Não desta vez. Um potente cruzado de direita arremessou a cabeça de uma moça de encontro ao vidro, seguidos de vários jabs em seqüência. Foi lindo. Quatro moças menores de idade (mas não de tamanho) travaram uma feroz e selvagem luta corporal em plena sala de auto-atendimento. Foram os 15 minutos mais longos do dia.
Três contra uma, mas que uma! Maior do que eu e com uma bela envergadura. Uma senhora tentou apartar mas levou um mata-cobra no lado do ouvido. O pessoal da fila apelou desesperadamente aos seguranças do banco para apartar mas, quem saberia se aquele circo não era uma "pegadinha" do PCC?
Vaca, p#$@, vagabunda e outros impropérios foram desferidos em meio a upper-cuts, pontapés e puxões de cabelo. Uma das três moças saiu da agência e, na volta, porrete na mão, tentou equilibrar a disputa. Nova rodada de gritos e porradas. O pau comia solto até que, para o desagrado da platéia, um brigadiano não deixou mais as moças brigarem em paz. Chumaços de cabelo abundavam no ringue de auto-atendimento.
Que dia, meus amigos, que dia...