Na boca do caixa

Extrato diário da vida de um bancário, direto da Faixa de Gaza.

17.5.06

Lidando com pessoas, eu acho

Atender pessoas não é fácil. Você nunca sabe o que terá que enfrentar. Atendo diariamente algumas centenas delas e nunca me canso de ficar surpreso com a falta de civilidade de alguns tipos. Hoje, por exemplo, a agência estava vazia, um dia light eu diria, ninguém esperou mais de 10 minutos para ser atendido. Eis que uma menina aparentando uns 18 anos, com uma criança de colo que presumo seja seu filho, chegou até o meu guichê ensandencida. Problema: ela tinha X na conta e não conseguia sacar exatamente este X nas máquinas. Expliquei que havia a CPMF (imposto de 0,38% cobrado pelo Governo de todos os saques há mais de 10 anos) e ela, quase gritando, histérica mesmo, afirmou que o Banco nunca havia explicado isto a ela (ninguém me disse nada). Dá pra acreditar?
Ela ainda continuou argumentando que no outro Banco ela não era cobrada. Meu colega não se conteve e perguntou qual era este Banco porque, com esta regalia, ele queria abrir uma conta lá também. Resposta educada: não estou falando contigo, estou falando com ele! Com dedo em riste e tudo.
Comecei a rir, afinal, quando a ignorância e a má educação se juntam não há como acabar bem. Atendi rapidamente a menina perguntando-me que educação aquela criança em seus braços terá logo mais.

1 Comments:

  • At 9:33 PM, Anonymous Anônimo said…

    Bom é o banco "Santandré", lá não paga esse tal de "CPF"... (Palavras de um cliente)

     

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